6 de Novembro de 2013
Multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, disse-lhes: “Se alguém vier a mim sem me preferir ao seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. E quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo. Quem de vós, querendo fazer uma construção, antes não se senta para calcular os gastos que são necessários, a fim de ver se tem com que acabá-la? Para que, depois que tiver lançado os alicerces e não puder acabá-la, todos os que o virem não comecem a zombar dele, dizendo: Este homem principiou a edificar, mas não pode terminar. Ou qual é o rei que, estando para guerrear com outro rei, não se senta primeiro para considerar se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, quando o outro ainda está longe, envia-lhe embaixadores para tratar da paz. Assim, pois, qualquer um de vós que não renuncia a tudo o que possui não pode ser meu discípulo”.
NO SEGUIMENTO DE JESUS,
TUDO NO MUNDO PASSA SER RELATIVO
As orientações que Jesus passava para os discípulos eram marcadas por palavras fortes, pois a condição para o seguimento da sua missão assim o exigia. Ele sabia com quem estava lidando, sabia que haveria brigas internas, perseguições dos judeus e do Império Romano. E, aquele que se prontificava a segui-Lo deveria estar consciente das dificuldades.
É interessante perceber que o chamado é pessoal: “Se alguém vem a mim...” Não são os pais que prometem pelos filhos, mas a própria pessoa, que deve estar livre para tomar a decisão de segui-Lo. O chamado é exigente! Até mesmo a família não deve ser colocada em primeiro lugar, quando há uma necessidade na missão.
Jesus mostra que é necessário ser perseverante e saber o quer. Cita duas parábolas para mostrar o fracasso daqueles que não se entregam totalmente. É semelhante a quem começa construir uma torre e não termina, ou a um rei que parte pra guerra sem planejar bem o confronto. O resultado é o fracasso.
SER UM CRISTÃO RADICAL AGINDO
SEM RADICALISMOS
Jesus nos leva à militância. Ele ensinou e partiu pra luta, não ficou parado no Santuário de Jerusalém ou em sua terra natal, andava, defrontava-se com a realidade e encarava os desafios de frente. Em momento algum foi omisso, escondendo-se ou fugindo das situações. Ensinou-nos que em seu seguimento é preciso tomar posição, tomar iniciativas tendo o amor como referência. Nisto consiste a radicalidade: assumir e levar a sério, com compromisso, sua história de vida e missão.
Olhando o ‘radicalismo’ no sentido filosófico, ou seja, a tomada de posição utilizando-se de ações extremas, sabe-se que Jesus não se serviu dessa prática. Ele recusou a violência proposta pelo grupo dos Zelotas e respeitou a liberdade de opção das pessoas. Vê-se isto quando aconselhou os discípulos a sacudirem a poeira das sandálias, e não insistirem com quem não os quisesse ouvir.
Seja radical! É isso mesmo, seja radical sem medo de ceder às pressões do mundo. Ainda existe por aí aquela velha mentalidade de confundir radical com fanático ou até mesmo alienado. “Radical’’ é uma palavra derivada do latim (radix, significa raiz). Vem, portanto, da ‘raiz’, da essência de Cristo para quem é cristão.
Seja radical! Porque essa é a vontade de Deus para nós, para provocarmos o mundo propondo uma nova cultura. Não podemos ceder a todos os modismos, e não podemos deixar de atualizar a mensagem de Cristo no mundo, precisamos discernir bem pra separar as coisas boas das que não prestam...
Ser radical no mundo de hoje é fazer diferente, não significa também ser diferente pra agradar a todo mundo, porque existe muita coisa que o cristão não deve fazer, porque é incompatível com as suas convicções de cristão. Não podemos perder tempo, temos que dar um testemunho verdadeiro, sem máscaras e sem farsas.
Eu e você somos chamados a mudar o mundo com a proposta de Jesus, ‘’radicalizando’’ e detonando tudo que não se enquadra na vontade de Deus.
Fonte: catoliconauta.blogspot.com.br
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