7 de Janeiro de 2014
Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão por eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas. Já estava ficando tarde, quando os discípulos se aproximaram de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. Despede-os, para que possam ir aos sítios e povoados vizinhos e comprar algo para comer”. Mas ele respondeu: “Vós mesmos, dai-lhes de comer”! Os discípulos perguntaram: “Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar de comer a toda essa gente?” Jesus perguntou: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Eles foram ver e disseram: “Cinco pães e dois peixes”. Então, Jesus mandou que todos se sentassem, na relva verde, em grupos para a refeição. Todos se sentaram, em grupos de cem e de cinqüenta. Em seguida, Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando-os aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu, também, entre todos, os dois peixes. Todos comeram e ficaram saciados, e ainda encheram doze cestos de pedaços dos pães e dos peixes. Os que comeram dos pães foram cinco mil homens.
A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES
A “partilha” foi um dos temas centrais da pregação de Jesus, do início ao fim de sua passagem entre nós. Partilha do pão, partilha da Palavra, partilha da saúde... Ele mostrou que a vida para ser decente tem de ser para todos e não para alguns. Todos precisam do necessário para viver com dignidade.
Os cinco pães e dois peixes eram uma quantidade insignificante de alimento para uma quantidade grande de gente. No entanto, Ele não precisava desse pouco para fazer o milagre, pois tinha o poder de fazer aparecer a comida “do nada”. Com esse gesto Ele mostra que a pessoa não deve cruzar os braços e ficar reclamando da sorte, mas buscar uma saída, ainda que ela não resolva o problema. É tomando a iniciativa que Deus abençoará e fará o complemento (milagre) acontecer.
Quando Jesus passa para os discípulos a responsabilidade de fazer aparecer o pão, Ele quer nos mostrar que solução dos problemas do mundo, sobretudo o da falta de alimento depende de nós, trabalhando, agindo com justiça na partilha e nos afastando de todo tipo de egoísmo em pensar somente em nós ou na nossa família.
O “POUCO” E O “MUITO”!
QUEM É RICO? QUEM É POBRE?
Para quem crê em Deus, não existe "pouco". A ausência de Deus provoca a falta do "muito".
Existem famílias de altíssimo padrão social e econômico, que transformaram seus bens (fortunas) em deuses. Vivem desligadas do mundo, trancadas atrás de cercas elétricas, de muros inatingíveis, guardadas por seguranças 24 horas por dia...
Mas existem também pessoas ricas de bens materiais, que sabem compartilhar seus bens e viver em harmonia com o mundo. Deus é amor, e o amor harmoniza as pessoas.
“Sou rico das graças de Deus”. Ouvimos muito este provérbio, pronunciado por pessoas simples do povo. Partindo desta afirmação, podemos afirmar que “pobre é quem não tem Deus no coração”.
Ampliando a reflexão e citando exemplos...
Ser pobre é não ter objetivos na vida, ou não lutar por eles.
Ser pobre é receber o mesmo talento dos demais e enterrá-lo por preguiça ou para não correr o risco de perdê-lo.
Ser pobre é receber um talento e não socializá-lo, utilizando-o de forma egoística para si e para os seus.
Ser pobre é viver no luxo, ter para esbanjar e ser incapaz de solidarizar-se com quem não tem o básico para sobrevier.
Ser pobre não é morar em casebres, ou debaixo da ponte, mas não permitir que o amor de Deus se manifeste em sua vida.
Ser pobre é achar que estando frequentando essa ou aquela religião ou seita evangélica, tomou "posse" de Deus e está acima de todos os demais irmãos!
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