19
de Fevereiro de 2017
Dia da
Morte da Freira e Heroína Baiana,
Joana
Angélica
Joana Angélica era filha de José Tavares
de Almeida e Catarina Maria da Silva. Aos vinte anos, no dia 21 de abril
de 1782,
entrou para o noviciado no Convento de
Nossa Senhora da Conceição da Lapa, na capital baiana.
Ali foi escrivã, mestra de noviças,
conselheira e, finalmente, abadessa. Ocupava a direção do Convento, em fevereiro
de 1822,
quando a cidade ardia de agitação contra as tropas portuguesas do brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo, que tinham
ido para Salvador desde o “Dia do Fico”.
Em 1821, Salvador já havia sido palco
de revoltas, e desta feita os baianos montaram grande resistência, pois a posse
de Madeira de Melo, em 18 de fevereiro, era tida como ponto alto das
forças do Brigadeiro para derrotar os nativos.
Soldados e marinheiros portugueses se
embriagavam, comemorando e cometendo excessos pela cidade. A pretexto de
perseguir eventuais "revoltosos" atacam casas particulares e,
continuando os ataques no dia seguinte, partem para o Convento da Lapa. Era uma
construção colonial resistente, que ainda hoje existe na Capital Baiana.
Os gritos dos soldados são ouvidos no
interior do Convento. Imediatamente a Abadessa Joana Angélica, pressentindo
certamente os objetivos da profanação da castidade de suas internas, ordena que
as monjas fujam pelo quintal.
O portão principal é derrubado e, num
gesto heróico, Joana Angélica
abre a segunda porta, postando-se como último impecílio à inusitada invasão.
Conta a tradição, reproduzida por diversos historiadores, que Joana Angélica
exclamou forte:
“Para
trás, bandidos. Respeitem a Casa de Deus. Recuai, só penetrareis nesta Casa
passando por sobre o meu cadáver”.
Abrindo os braços, num gesto comovente, tenta
impedir que os invasores passem. É, então, assassinada a golpes de baioneta.
Penetrando no interior do Convento os invasores encontram apenas o velho
capelão, Padre Daniel da Silva Lisboa, a quem espancam a golpes de coronhas,
deixando-o como morto.
Joana
Angélica tornou-se assim, a primeira mártir da grande luta que continuaria até a
definitiva libertação da Bahia, no ano seguinte, a 2 de julho,
data efetiva da Independência da Bahia.
Fonte:
pt.wikipedia.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário