05 de Junho de 2017
Marcos 12,1-12
Jesus começou a falar-lhes em parábolas:
“Um homem plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou um lagar para pisar
as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns agricultores e
viajou para longe. Depois mandou um servo para receber dos agricultores a sua
parte dos frutos da vinha. Mas os agricultores o agarraram, bateram nele e o mandaram
de volta sem nada. E assim diversos outros. Por último, então, enviou o filho
aos agricultores, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. Mas aqueles agricultores
disseram uns aos outros: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será
nossa’. Agarraram o filho, mataram e o lançaram fora da vinha. Que fará o dono
da vinha? Ele virá e fará perecer os agricultores, e entregará a vinha a
outros. Acaso não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores rejeitaram,
esta é que se tornou a pedra angular. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável
aos nossos olhos’?”
Entendendo
A COBIÇA PROVOCA A MORTE
O cerco vai se fechando contra Jesus e
sua morte está cada vez mais perto. Ao contar a parábola Jesus não poupa
palavras, fala forte e deixa entender que os chefes do povo são assassinos, que
matam os enviados de Deus.
Jesus falava com base numa profecia
pronunciada por Jeremias no Antigo Testamento, que diz: “Desde o dia em que fiz
seus pais saírem da terra do Egito até hoje. Mandei-lhes os meus servos
profetas, insistentemente. Eles, porém, não quiseram me ouvir, nem prestaram
atenção, eram de pescoço duro de dobrar, pior do que seus pais” (Jr 7,25-26).
Na
parábola, o povo é representado pela vinha. Mostra-nos que uma das causas da
morte de Jesus foi a cobiça. Os chefes do povo, os administradores, quiseram
para si tudo o que era de Deus. Quiseram se apossar do que não lhes pertencia.
A cobiça toma a cabeça e o coração a tal ponto de provocar o desejo de tirar a
vida para desfrutar do que é do outro: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a
herança será nossa’.
Atualizando
A COBIÇA CONTINUA SENDO
CAUSA DE DISCÓRDIA DE MUITAS FAMÍLIAS
(Disputa por Heranças)
Não há limites nos caminhos e estratégias
em disputas por heranças. A maior parte das desavenças acabam nos tribunais,
onde processos contam casos de falsificações e roubo de documentos, alegações
de insanidade de quem fez o testamento ou suspeição de testemunhas. Por vezes,
chega-se ao homicídio.
O direito à herança é garantido pela
própria Constituição brasileira, seja ela legítima ou testamentária. O problema
começa quando os herdeiros ou quem ficou de fora do legado começam a buscar ou
defender judicialmente o seu quinhão.
Uma pessoa se casa, sai de casa nove anos
depois sem explicação e sem deixar rastros e, após 20 anos, sem nunca ter
contribuído financeiramente para as despesas da filha e da esposa, com outra
família em cidade distinta, retorna e entra na Justiça para se separar
judicialmente e ter parte na herança que a ex-mulher recebeu dos pais... São
diversas situações que vão parar na justiça e provocam o desassossego das
famílias.
Muitas são as famílias que, após a morte,
principalmente dos pais, perdem completamente o sentido dos vínculos de sangue,
devido ao grande pecado da ‘cobiça’, tão antigo em sua definição, mas, pela
pouca sintonia com os valores cristãos, continua fazendo vítimas e provocando
rachas em instituição tão sagrada, como a família.
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