15 de Junho de 2017
João 6,51-58
“Eu sou o pão vivo que desceu do céu.
Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne,
entregue pela vida do mundo”. Os judeus discutiam entre si: “Como é que ele
pode dar a sua carne a comer?” Jesus disse: “Em verdade, em verdade, vos digo:
se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não
tereis a vida em vós. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue
tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é
verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem se alimenta com a
minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele. Como o Pai, que
vive, me enviou, e eu vivo por meio do Pai, assim aquele que de mim se alimenta
viverá por meio de mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que
os vossos pais comeram – e no entanto morreram. Quem se alimenta com este pão
viverá para sempre”.
Entendendo
“MINHA CARNE É VERDADEIRA
COMIDA E MEU SANGUE VERDADEIRA
BEBIDA!”
Quando uma pessoa não aprofunda a fé,
fica na superficialidade da matéria, não consegue sair do humano. Jesus falava em
dar a sua carne em alimento para a vida do mundo, e seus adversários imaginavam
uma cena macabra da devoração de um ser humano. Jesus referia-se à relação a
ser estabelecida entre Ele e a comunidade dos discípulos, por meio do pão e do
vinho transformados para alimento espiritual daquele que crê.
Pão e vinho seriam constituídos como
sacramento da presença de Jesus. É o que hoje os católicos recebem na
Eucaristia. Ao redor de uma mesa é que a comunidade de fé faz a experiência de
comunhão profunda com o Ressuscitado. Ao comer o pão e beber o vinho, estabelece-se
um novo vínculo com Deus, com a comunidade e com o semelhante.
Os discípulos e os primeiros cristãos
assimilaram o corpo de Jesus, e se deixaram transformar por Ele. E resultava
numa vida de experiência verdadeira por Cristo, com Cristo e em Cristo, de modo
a garantir a vida eterna. Esta é uma bela herança que nós, cristãos de hoje,
herdamos.
Atualizando
“COMER A MINHA CARNE E BEBER O MEU SANGUE”
Em nossa
cultura, a frase pronunciada por Jesus soa mal aos nossos ouvidos, e fazem-nos
lembrar de canibalismo. Num passado, não muito distante, em algumas tribos
indígenas brasileiras os “Guerreiros Valentes”, que tinham fama de heróis e
morriam nas batalhas, tinham seu corpo levado até a tribo e os mais jovens
comiam a sua carne para se apossarem do seu espírito de herói.
Aqui,
falamos de outra realidade, não de “carne humana” que se estraga, mas da “carne
divina” – a Eucaristia – as substâncias materiais de pão e vinho são
transubstanciadas (transformadas) por Jesus em seu Corpo e Sangue para ser
nosso alimento. É um sinal da presença Dele que nos eterniza.
É um
ritual para que a nossa razão compreenda o que a fé realiza em nós. Com o Corpo
Dele somos transformados Nele, através de palavras, ensinamentos e obras. É uma
tradição sagrada que têm continuidade há mais de dois mil anos de história.
Na
Eucaristia Jesus se faz presença real e concreta em milhões e milhões de homens
e mulheres todos os dias, em igrejas, capelas e recantos distantes... Em
doentes e idosos que são visitados em hospitais, casas de saúde e residências,
por ministros que conduzem a Hóstia Consagrada (Eucaristia), no mundo inteiro.
Felizes aqueles que O conduzem e aqueles que Nele acreditam!
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