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terça-feira, 20 de junho de 2017

“FALAR A VERDADE” UMA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO DE BERÇO

“FALAR A VERDADE”
UMA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO DE BERÇO



Ainda quando criança, ouvi muito dos antigos, especialmente meus avós, vindos de formação tradicional e patriarcal: “A palavra do homem é um tiro”. Querendo simbolizar o percurso de uma bala que tem o objetivo de alcançar o alvo sem desvios. Para os antigos de formação rigorosa, uma palavra pronunciada por um homem de bem merecia crédito.

Lembrei-me agora dos provérbios da Bíblia! São dizeres populares que mostram o proceder de um povo. Os provérbios eram frases recitadas, especialmente pelos idosos, pessoas que tinham experiência de vida, aliada a fé em Deus. Vale salientar que esse aprendizado era passado de pais para filhos.

Ainda me servindo de provérbios populares, existe um, bem conhecido: “Casa de pai, escola de filhos”. Pois é! A família foi nomeada por Deus para servir de referência aos filhos que ele mandaria para compor a história da humanidade. A educação de berço, dada pela família, permanece para a vida toda, pois é feita no momento da formação da personalidade da pessoa, trançando assim, o seu caráter.

Para uma criança que aprende desde cedo que a mentira é coisa feia e ela vê o papai e a mamãe serem autênticos e falarem para ela a verdade, tal experiência está sendo formativa. O aprendizado que leva o filho a sentir orgulho dos pais e querer segui-los, não é tanto o que eles falam, mas a maneira que eles vivem. E isso tem que começar cedo.

Para uma família que usa o artifício de enganar a criança para convencê-la a desistir de um querer que não é bom para ela, a criança irá perceber que foi enganada e vai aprender a fazer o mesmo. Uma simples desculpa em um telefonema que a mamãe não quer atender, e o pai diz que ela não está, vai fazer com que a criança perceba que a mentira é normal... “Papai e mamãe mentem!”

Falar a verdade, não enganar, ser autêntico, não falsear informações não é uma qualidade, é um dever do cristão. Vale para a nossa vida pessoal, familiar e para a vida pública. O ato de mentir não pode ser considerado um gesto de uma pessoa esperta, um pequeno truque, uma "tática" para ganhar uma discussão. 


Mentir é um mal, é um desvio... Pode ser, também, uma atitude covarde de alguém que ainda não teve coragem de assumir a autenticidade da vida.

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